Cenário e tendências do rádio durante pandemia

Cenário e tendências do rádio durante pandemia

O comportamento da audiência em tempos de pandemia foi discutido durante o AMIRT Live, reunião online realizada na quarta-feira (1º) pela Associação Mineira de Emissoras de Rádio e Televisão, que contou com a participação do empresário e jornalista Daniel Starck e do consultor de marketing e coordenador artístico da Massa FM de Curitiba, Londrina e Maringá, Cristiano Stuani.

De acordo com Stuani, o rádio precisou se adaptar sem perder a identidade e com uma programação disposta a atender uma “avalanche” de mudanças no comportamento dos ouvintes. Por isso é tão importante, segundo ele, levar em consideração pesquisas e as diversas formas de mensuração e interação com a audiência na condução de novas ações. “Além das pesquisas tradicionais, o meio digital é uma ferramenta excelente para saber o que a audiência está querendo.

As lives de jornalismo, por exemplo, funcionam como chat na qual os ouvintes postam seus comentários a respeito do conteúdo e programação. O WhatsApp também tem uma resposta e reação imediata e é muito eficaz para entender as curvas de audiência”, destacou. Stuani apontou que na rádio Massa FM são recebidas mais de 6 mil mensagens por dia.

No início da pandemia, por exemplo, o horário de pico da audiência do streaming era às 8h, conforme dados apresentados por Daniel Starck. Em um segundo momento do isolamento social, o horário variou entre 8h e 11h, com aumento, inclusive, do tempo médio e alcance. Cenário que também se repetiu no exterior. Nos Estados Unidos, o consumo do rádio, que antes acontecia durante o trânsito, foi transferido para dentro das casas, o que fez com que o veículo chegasse a registrar um alcance de 96%.

“Se a emissora não tem condição de fazer a própria pesquisa para estar antenada com essas mudanças, que estão acontecendo de forma rápida, pode buscar dados nacionais ou de praças mais próximas, transferindo esse conhecimento para entender a realidade local. Além disso, há várias plataformas digitais pelas quais é possível extrair dados da audiência, como é o caso das transmissões online e os vídeos nas redes sociais. O importante é que todo conteúdo do rádio que for para o digital deve ser devidamente adaptado para o meio online e fazer parte de um planejamento estratégico”, ressaltou Daniel Starck.

O jornalismo foi um dos formatos que mais cresceram durante a pandemia, especialmente, no começo do isolamento social. De acordo com os dados apresentados por Starck, já no terceiro momento da pandemia, as rádios populares cresceram bastante com a programação musical. “Isso não quer dizer que quando um formato cresce, o outro cai. Pelo contrário, mostra que o consumo do rádio de uma maneira geral está crescendo cada vez mais e deve se manter no pós-pandemia”, reforçou o empresário e jornalista.

Fonte: http://aesp.org.br/noticias_view_det.php?idNoticia=10167

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