tudoradio.com | Bolsonaro visita e concede entrevistas à diferentes emissoras de rádio. Entradas tem gerado pautas políticas

O presidente Jair Bolsonaro visitou ao menos cinco emissoras de rádio durante o mês de julho e concedeu entrevistas aos veículos de comunicação. Segundo o que a redação do tudoradio.com apurou, o chefe do Executivo Federal esteve na Rádio Gaúcha FM 93.7 AM 600 de Porto Alegre, na Rádio Itatiaia FM 95.7 AM 610 de Belo Horizonte, na Radio Banda B FM 79.3 AM 550 de Curitiba e a Rádio Grande FM 92.1 de Dourados (MS), além de participar do programa A Voz do Brasil, direto dos estúdios da Rede Nacional de Rádio, controlada pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Também ocorreram entrevistas à outras emissoras, como a Jovem Pan FM 100.7 de Itapetininga (SP). Mais adepto à comunicação via redes sociais, Bolsonaro tem apostado nas emissoras de rádio para pautar a cobertura política.

Bolsonaro visitou a Rádio Gaúcha no dia 10 de julho. O presidente esteve no Rio Grande do Sul para participar, em Caxias do Sul, da abertura da 1ª Feira Brasileira do Grafeno. Na emissora, Bolsonaro falou sobre assuntos que estavam sendo discutidos na CPI da Covid-19.

Depois disso, Bolsonaro foi internado para tratar de uma obstrução intestinal. Após deixar o hospital, o presidente concedeu cinco entrevistas. Uma à TV Brasil, emissora do governo federal, e quatro a rádios – uma delas ao programa Voz do Brasil, também estatal. 

Em geral, as entrevistas tiveram perguntas pouco críticas e um ambiente que deixou o mandatário confortável para defender – sem questionamentos – pautas caras ao bolsonarismo, como o chamado tratamento precoce contra a covid-19 e a suposta falta de segurança das urnas eletrônicas.

Na manhã de terça-feira (20), ele falou com a Rádio Itatiaia. Na entrevista, além de reafirmar o veto ao fundão, Bolsonaro disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, exagerou na elaboração do projeto da reforma tributária. Está em debate no Congresso mudanças na taxação do IR (Imposto de Renda) e dividendos.

Ainda na noite de terça-feira, ele apareceu na Voz do Brasil sob a justificativa de comemorar os 86 anos do programa. “Temos dificuldades com parte da grande mídia, temos dificuldades com uma CPI que está funcionando no Parlamento”, disse. “O desgaste existe, mas temos a consciência, a tranquilidade que venceremos esta fase também”, ele afirmou.

Na quarta-feira (21) chegou a dar uma entrevista à Jovem Pan FM de Itapetininga, fato que também gerou pauta nas editorias políticas e de economia. E, no dia seguinte (22), Bolsonaro foi entrevistado pela Rádio Banda B. Ao ser questionado sobre seu relacionamento com o governador Ratinho Júnior, ele tratou dos investimentos de Itaipu Binacional no estado.

Na última sexta-feira (23), o presidente concedeu entrevista ao vivo à Rádio Grande FM, de Dourados. Durante 40 minutos, Bolsonaro repetiu o discurso em defesa do tratamento precoce contra a covid-19 apesar da falta de comprovação científica, afirmou que em seu governo não há corrupção e cobrou voto impresso nas eleições de 2022. 

Bolsonaro considera parte da imprensa de alcance nacional adversária do governo. Tradicionalmente, ele concentra sua comunicação nas redes sociais – ao falar com as rádios, transmite ao vivo as conversas em suas plataformas. Ele costuma fazer anúncios relevantes em seus perfis no Facebook e no Twitter. Divulga diariamente, por meio de um site bolsonarista, vídeos das conversas que mantém com apoiadores na frente do Palácio da Alvorada.  

Com a aproximação das eleições do ano que vem, conselheiros do mandatário avaliam que concentrar as aparições de Bolsonaro apenas nas redes sociais não é suficiente. Eles afirmam que o cenário eleitoral de 2022 indica uma disputa difícil e que o presidente precisa intensificar a divulgação de ações do governo em meios que tenham alcance pelo interior e por cidades de pequeno e médio porte. Dessa forma, o presidente opta por entrevistas à rádios de diferentes portes, algumas de capitais e outras de cidades do interior do país. A tendência é de que essa prática da comunicação persista. Em todos os casos, as entrevistas repercurtiram em praticamente todas as mídias, inclusive rádios concorrentes daquelas que entrevistaram Bolsonaro.

Com informações do GZH, Campo Grande News e Amazonas Atual

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