ATSC realiza workshop em São Paulo sobre padrão da TV 3.0

ATSC realiza workshop em São Paulo sobre padrão da TV 3.0

O Brasil, e em especial São Paulo, foi escolhido pela ATSC (Advanced Television System Committee), entidade internacional que desenvolve padrões da TV digital, para a realização de um workshop informativo do ATSC 3.0.

Madeleine Noland, Presidente da entidade, e Skip Pizzi, Chair – ATSC Brazil Implementation Team (IT-4), foram os responsáveis por trazer as novidades para os profissionais e empresas brasileiros da área de mídia e entretenimento. O seminário teve ainda a participação de Eduardo Dantas, da Hewlett Packard Enterprise.

Madeleine iniciou sua apresentação dizendo que o upgrade nas tecnologias da TV que conhecemos hoje é necessária para competir com as novas mídias. Para ela, “a TV não é mais só TV”.

No que diz respeito ao padrão ATSC 3.0, que já teve alguns dos seus aspectos escolhidos para serem adotados no Brasil, foram mostrados detalhes de como irá operar na camada física, com os espaços para novos serviços que podem ser criados e implementados no futuro, além de questões como segurança e a possibilidade de envio de mensagens de alerta.

Uma vez que o padrão já está em fase de implantação nos EUA, Madeleine mostrou ainda os tipos de informações de vêm sendo coletados com as ferramentas de medidas de audiência.

A presidente da ATSC destacou a real oportunidade de exploração do novo padrão de TV para a geração de novos modelos de negócio. Um deles tem a ver com a transmissão de dados, cuja ampla capacidade em relação aos modelos atuais servirá aos próprios broadcasters, mas também para empresas parceiras e projetos de IoT (internet das coisas).

Skip Pizzi, por sua vez, mostrou exemplos e status da implantação do padrão ATSC 3.0 em países como Coréia do Sul, Jamaica, Trinidad & Tobago, Índia e Canadá, cada um deles com suas realidades e desafios.

Nos EUA, a cobertura já atinge 75%, gerando uma importante massa crítica de informações para toda a cadeia, que inclui também os fabricantes de TV (e os consumidores que deverão gradualmente atualizar seus equipamentos).

Skip reforçou que a ATSC 3.0 é uma “tecnologia madura, e que os avanços estão chegando rapidamente”.

Interatividade, publicidade direcionada e geração de novas receitas foram mencionadas por Madeleine para complementar as vantagens do novo padrão. “Trata-se de uma evolução nos negócios. Sem o updrade, será difícil para qualquer um se manter competitivo”.

Em seguida, Eduardo Dantas, da Hewlett Packard Enterprises, comentou que sua empresa agora atua em uma vertical de telecomunicações, no setor de operadoras, no mercado B2B. Ele citou exemplos e possibilidades de utilização do ATSC 3.0 em Datacasting, incluindo novos modelos de negócios. E reforçou que “o ATSC 3.0 não substitui as redes móveis, nem mesmo compete com seus serviços. São complementares”.

Skip Pizzi detalhou algumas aplicações nas áreas de educação à distância, no setor automotivo, na publicidade direcionada e T-commerce.

Ao final, houve uma sessão de perguntas e respostas, que deu a oportunidade aos participantes de obterem alguns esclarecimentos adicionais.

O evento, realizado no Hotel Estanplaza, foi encerrado com um almoço.