Hangman traz elegância à série documental musical Life in Six Strings com DaVinci Resolve Studio

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Recentemente, a Hangman implementou o DaVinci Resolve Studio para produzir “Life in Six Strings”, uma série documental de oito episódios da AXS TV. Com a participação da jornalista Kylie Olsson, a série apresenta entrevistas espontâneas e íntimas com guitarristas mundialmente famosos, como Steve Vai, Nuno Bettencourt (Extreme), Mick Mars (ex-Mötley Crüe), Phil Collen (Def Leppard) e Joe Bonamassa, entre outros.

A cobertura quase cinematográfica das conversas de Olsson nas casas e locais de interesse dos músicos contradiz a produção estilo guerrilha das séries documentais. A direção visual e a pós-produção foram responsabilidade de James Tonkin, o fundador da Hangman.

Além de administrar o estúdio de produção localizado em Londres, Tonkin também é um dos diretores de documentários musicais mais requisitados do Reino Unido, trabalhando com artistas como Rolling Stones, U2, AC/DC, Taylor Swift e muitos mais.

“Fui contratado pelo criador e diretor da série, o Olsson, como diretor de fotografia e supervisor da pós-produção”, explica Tonkin. “Filmei os dois primeiros episódios e defini o visual e o estilo da série, gerenciando todos os aspectos da pós-produção na Hangman, desde o recebimento dos copiões até a entrega do produto final.”

“A intenção era diferenciá-la das séries de TV estilo ‘mosquinha na parede’”, observa.

A visão de Tonkin foi influenciada pela afeição do diretor pelo filme “Nasce uma Estrela”, que usou lentes anamórficas e tomadas longas em um gimbal, juntamente com câmeras portáteis para os cortes. Além disso, a série é intercalada com conversas pessoais no carro, filmadas com câmeras configuradas apenas uma vez em um rig especializado, enquanto a equipe acompanha tudo de um outro veículo.

“Filmamos tudo em um único dia com rapidez e facilidade. Kylie queria aparecer na casa de alguém, entrar e conversar com essa pessoa”, diz Tonkin. “Não tivemos tempo para iluminar a casa previamente. Tudo tinha que correr bem, de maneira improvisada, mas na tela tínhamos que ver um visual bonito e pensado por nós do começo ao fim.”
Colaboração na pós-produção

Na fase de pós-produção, foram utilizados o DaVinci Resolve Studio e o Blackmagic Cloud para que a Hangman implementasse um trabalho colaborativo na pós-produção da série documental, incluindo edição, gradação e finalização, com masterização em 4K para entrega em HD.

“É tão simples quanto configurar o projeto, enviar um link a um editor offline e garantir que ele tenha acesso aos copiões proxy”, explica Tonkin. “Daí, eles podem abrir o projeto e ver de fato o que eu estou vendo.”

Tonkin destaca a versatilidade e eficiência do DaVinci Resolve Studio como ferramenta de edição, que permite transições rápidas entre a edição e a finalização da imagem. “O Resolve é um editor fantástico. Nem dava para imaginar que era uma ferramenta tão poderosa assim”, continua.

“Após a conclusão, o editor offine Leigh Brooks me enviava um arquivo DRT bloqueado com o som configurado como AAF. Em um episódio de 22 minutos, conseguimos conformar e começar a colorização uma hora após receber o arquivo”, disse Tonkin.

Nas fases finais da pós-produção, Tonkin se concentrou na colorização, estabilização, ajustes de proporção e aprimoramentos de planos, trabalhando diretamente com os arquivos originais 6K RED R3D. Eventuais problemas, como realces estourados, foram solucionados com a ajuda da ferramenta Máscara Mágica do DaVinci Resolve Studio.

“No episódio final, tive que recolocar o céu onde ele havia sido completamente cortado no carro. Usei a Máscara Mágica para identificar e separar primeiro a pessoa e depois o céu, e apliquei outro nó para substituir o céu. Com isso, pude adicionar um matiz por trás do que seria um céu branco excessivamente estourado”, observou Tonkin.

A função de legendas automáticas geradas por IA do DaVinci Resolve Studio simplificou significativamente o processo de pós-produção, principalmente dada a natureza pesada dos diálogos dos episódios. “Todos os episódios têm diálogos extensos. Mas mesmo assim, a IA do Resolve leva três ou quatro minutos para analisar e transcrever tudo. Assisti novamente para ver se precisava de correções, mas, na minha opinião, a taxa de precisão era superior a 90%”, continua.

Tonkin acrescenta: “Antes, quando os canais exigiam closed captions, o tempo que eu gastava fazendo aquilo poderia ter dedicado aos aspectos criativos do trabalho. Mas agora que descobrimos todo o potencial do DaVinci Resolve, eu só gasto meia hora do meu tempo.”

Uma camada de granulação de filme também foi adicionada para transmitir um calor analógico, adequando-se ao tema musical da série. “Achei incrível poder adicionar granulação como camada de ajuste. Eu podia adicionar títulos por cima dessa camada e a granulação do filme não ficava sobre o texto. Eu cortava a camada de ajuste para intervalos comerciais e adicionava um slug preto de um segundo. Foi muito útil usar camadas de ajuste para manter o visual e depois cortá-la onde fosse necessário”, explicou.

Masterização em 4K
Tonkin destinou aproximadamente seis horas para a pós-produção de cada episódio. “Primeiro, eu criava um máster 4K e depois exportava um MXF HD para que a AXS TV transmitisse”, ressalta Tonkin. “Essa exportação, junto com o arquivo de legenda e 14 faixas de áudio multitrilha, com entrega através do Media Shuttle, durou 10 minutos.”

“Tivemos um ótimo parceiro de entrega com a AXS TV, mas também quero dar o mérito para a Kylie, que conseguiu tudo isso sozinha. Ela consegue fazer ótimas histórias das pessoas que entrevista”, conclui Tonkin. “A sutileza que conseguimos dar na colorização e na finalização agregou mais valor à produção, mas o conteúdo é o que mais importa”.

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