Mark Kueper da Picture Shop coloriza Billy the Kid com DaVinci Resolve Studio

1

A Blackmagic Design anunciou que o colorista Mark Kueper, da Picture Shop, finalizou as temporadas um e dois da série da MGM+ “Billy the Kid” no software de edição, gradação de cores, efeitos visuais (VFX) e pós-produção de som DaVinci Resolve Studio.

A série de aventura romântica, inspirada na vida de Billy the Kid, acompanha o famoso fora-da-lei americano desde suas modestas origens irlandesas, percorrendo seus primeiros dias como caubói e pistoleiro na fronteira americana, até desempenhar um papel crucial na Guerra do Condado de Lincoln e nos meses seguintes. O piloto da primeira temporada foi filmado pelo diretor de fotografia Paul Sarossy e dirigido por Otto Bathurst. A série foi fotografada por Paul Sarossy, Ronald Paul Richard, Sylvaine Dufaux e Craig Powell.

Envolvido desde o início do processo de pré-produção, Kueper ficou animado com a chance de trabalhar em uma produção filmada em Calgary, na província canadense de Alberta. “Agarrei a oportunidade de colorizar imagens de um lugar tão bonito”, disse Kueper.

Sem experiência anterior em filmar westerns, nem o diretor nem o diretor de fotografia abriram mão de realizar testes de filmagem em locação, no município de Drumheller. “Conseguimos desenvolver o visual e estabelecer a linguagem visual da série”, continuou. “Discutimos maneiras de tornar a paisagem mais ameaçadora. Todos os lugares que a câmera aponta em Calgary são bonitos, e a primavera naquela região é muito exuberante e verde. Precisávamos fazer com que parecesse mais árido e empoeirado, como o Novo México. Percebemos que dessaturar a folhagem e evitar os céus de cartão-postal ajudaria a dar o tom.”

Em busca de um estilo único, Sarossy e Bathurst optaram por lentes vintage da Petzval. “A personalidade dessas lentes foi uma grande parte do visual, mas existem apenas duas distâncias focais disponíveis para esse modelo”, acrescentou Kueper. “Essas lentes têm aberrações específicas, além disso, vinhetas e desfoque de foco nas bordas do quadro, dependendo do stop que você está usando.”

Para planos mais abertos e na segunda unidade, Sarossy precisou usar outras lentes, o que exigiu que o estilo Petzval fosse replicado na pós-produção. “Tivemos que emular as lentes no DaVinci Resolve, desfocando as bordas com os plug-ins de desfoque Tilt-Shift e difração de abertura”, observou.

Embora tenha criado uma LUT de filmagem interna e externa para a produção, Kueper percebeu que também poderia aprimorar o visual cinematográfico após as filmagens. “Usei o plug-in FilmConvert Nitrate, porque ele tem um modo luma que compacta os pretos baixos, mas também os eleva para dar uma ambiência semelhante à do filme”, continuou Kueper. “Era algo que poderíamos ter incorporado na LUT de filmagem, mas eu não quis aplicá-lo em definitivo, pois seria muito agressivo para as cenas noturnas. Também o usamos para adicionar granulação à série.”

As novas ferramentas do DaVinci Resolve Studio também ajudaram a acelerar o tratamento de cores. “Durante a gradação da primeira temporada, usamos a combinação de movimento para substituir os céus. Agora, na segunda temporada, podemos usar a ferramenta de substituição de céu, que é mais rápida e eficiente”, explicou.

Outras ferramentas do DaVinci Resolve Studio ajudaram Kueper a adicionar ou aprimorar efeitos práticos, além de lidar com desafios no set. “O ruído rápido foi extremamente útil para adicionar fumaça e neblina, garantindo continuidade nas cenas. Houve várias situações em que foi necessário incorporar poeira em cenas com cavalos galopando pela cidade ou adicionar ambiência de fumaça de arma para combinar com os planos que não a tinham. A adição de cintilação funcionou bem para dar aos lampiões uma sensação mais natural, já que alguns lampiões de LED têm uma cintilação rítmica que não parece natural”, observou.

Embora Kueper comece com uma árvore de nós predefinida em seu processo de gradação, seu foco é concluir as tarefas mais trabalhosas e se concentrar no lado artístico das cenas. “Coisas como cenas de ação levam mais tempo”, disse Kueper. “Às vezes, passamos uma hora trabalhando em uma cena e pensamos: ‘Ei, dediquei muito tempo aqui’, apenas para perceber que cobrimos apenas alguns minutos do episódio. Quando finalmente chego a um ponto legal em uma cena, costumo seguir em frente e revisá-la mais tarde com um olhar fresco para não me perder em pequenos detalhes. Normalmente, surgem algumas ideias para aprimorar os planos com os quais tive dificuldade, tornando a cena melhor. Esse é o desafio de todo colorista. Quando colorizo uma cena que me realmente impressiona, porque acredito que ela ficou bonita, isso é gratificante. Quando você percebe que está aprimorando um plano, em vez de simplesmente consertá-lo, a criatividade aumenta. Nós, coloristas, somos tão bons quanto as imagens diante de nós. Acredito que o que estou expressando é que a recompensa não surge da dificuldade, mas sim da arte.”

“Billy the Kid” está disponível para streaming na MGM+.

Site relacionado: https://www.blackmagicdesign.com/

Acompanhe a Panorama Audiovisual no Facebook e YouTube