Globoplay terá 75 produções originais em 2021/22

Conteúdo Tela Viva

A Globo aposta no conteúdo exclusivo e original para competir no cenário de streaming. De acordo com Erick Bretas, diretor de Digital da Globo, o grupo tem hoje 102 projetos aprovados, desde os em desenvolvimento até os em produção. Para o biênio 2021 e 2022, são 75 produções. O executivo participou do Streaming Brasil, 2021, realizado por TELA VIVA e TELETIME nestas segunda e terça, 26 e 27, virtualmente.

A produção independente tem papel de grande relevância nos conteúdos originais. Nos conteúdos para o biênio citado, 47 são em coprodução, sendo 25 de dramaturgia e 22 non-scripted. Outros 13 conteúdos de séries e novelas são desenvolvidos dentro dos Estúdios Globo, assim como 15 non-scripted. Além disso, entrará na coprodução de alguns longas-metragens.

De acordo com Bretas, a Globo projeta um crescimento na ordem de 25% a 35% na Globoplay neste ano. Em comparação com a situação da Netflix nos Estados Unidos, onde a plataforma é consolidada, a Globoplay tem público a conquistar no Brasil. “A gente vislumbra passar alguns anos crescendo em dois dígitos”, diz. Para isso, aposta não apenas no conteúdo original, mas no modelo Market place, com as parcerias dentro do próprio grupo, com o Globoplay + canais, por exemplo, e externas, como parceria com o Disney+ e a recém anunciada parceria com o Deezer.

O conteúdo alavancado pela TV aberta tem alto valor para a plataforma. Segundo Bretas, o Big Brother Brasil é o principal “vendedor” da Globoplay. Usualmente, diz, parte do público que assina por conta do BBB, abandona a plataforma e volta em janeiro. “Mas fica mais gente do que vai embora. A nossa vida é achatar a curva do churn. Uma parte do público fica porque descobre outros conteúdos na plataforma”.

O conteúdo linear e, sobretudo, o ao vivo, também têm relevância na plataforma. Bretas menciona direitos de alto valor, como os eventos esportivos do SporTV e os musicais do Multishow, ambos ao vivo. O líder entre os canais pagos no Globoplay é o Globonews. “Mostra a força do conteúdo ao vivo numa plataforma de streaming”, diz. Para a Olimpíada 2021, a aposta está no SporTV, que terá até 46 sinais simultâneos.

Para Bretas, não haverá um modelo único que sairá da disputa no streaming. Cada player terá seu modelo, com muita experimentação. “O consumidor não vai conseguir fazer uma tabela a de Excel para comparar preços, por que não serão coisas comparáveis”, diz.