Empresa brasileira incorpora protocolo SRT de streaming e televisão digital a sua plataforma

Empresa brasileira incorpora protocolo SRT de streaming e televisão digital a sua plataforma

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Empresa brasileira incorpora protocolo SRT de streaming e televisão digital a sua plataforma

Mediastream incorpora novo padrão de transporte de vídeo baseado em nuvem é de código aberto para eliminar a dependência dos protocolos proprietários, aumenta a qualidade e segurança da transmissão na Internet pública e redes de baixa conectividade

Empresa brasileira anuncia a incorporação em sua plataforma do protocolo SRT (Secure Reliable Transport), uma tecnologia de código aberto criada pela Haivision, empresa canadense focada no desenvolvimento de tecnologia de streaming de vídeo, e difundida pela SRT Alliance, uma comunidade colaborativa de desenvolvedores que conta com mais de 500 membros em todo o mundo, incluindo Microsoft, Comcast, Avid, Alibaba Cloud, entre outros.

SRT que em português significa, “Transporte Seguro e Confiável”, é um protocolo de transporte de vídeo de código aberto e baseado em nuvem que elimina a dependência dos protocolos proprietários, com codec agnóstico, aumenta a qualidade e segurança da transmissão na Internet pública e redes de baixa conectividade e otimiza o desempenho de streaming de vídeo em redes instáveis.

O SRT usa buffer de fluxo de baixa latência e pedidos de repetição automática (Automatic Repeat ReQuests (ARQ)) e/ou pacote de correção de erro de encaminhamento (Forward Error Correction – FEC) recuperação de perda para superar o jitter (atraso na entrega de dados), flutuação de largura de banda e perda de pacotes na Internet pública e redes de baixa qualidade e estabelecendo uma rede global virtual otimizada para transporte de vídeo, com maior qualidade de imagem, mesmo para os eventos esportivos de velocidade. Sendo em nuvem, permite substituir as conexões de satélite e promove maior economia de recursos de banda para o broadcasting e streaming. A segurança de ponta a ponta é baseada em criptografia AES de 128/256 bits e ajuste dinâmico de endpoint com base nas condições de rede.

O protocolo é usado por milhares de organizações globalmente em uma ampla gama de aplicações da indústria, de câmeras IP, codificadores e decodificadores de vídeo a gateways, plataformas OTT e CDNs. SRT também foi adotado por tecnologias de código aberto líderes da indústria, incluindo VLC por VideoLAN, GStreamer, Wireshark, FFmpeg, Libav e, mais recentemente, OBS Studio e agora a Mediastream, afirmou Marco Lopes, diretor da Mediastream.

Marco Lopes de Mediastram/Foto: Flávio Mello dos Santos

Segundo ele, a adesão da Mediastream ao novo padrão “aumenta a capacidade de sua plataforma multi-CDN em superar a perda de pacotes, jitter (atraso na entrega de dados) e flutuação da largura de banda, mantendo a integridade e a qualidade do seu vídeo para entretenimento, esportivos e corporativos, ensino à distância, de rádio e televisão, além de serviços OTT (Over the Top)”.

Lopes explicou que o crescimento do mercado de streaming levou as empresas que atuam com o OTT a buscarem um protocolo que não fosse proprietário para a transmissão de vídeos, independentemente da camada física usada para conectar a cadeia de suprimentos de vídeo – seja celular, satélite ou fibra. “Muitas das soluções de vídeo eram oferecidas com seus protocolos proprietários e que não não eram compatíveis com outros players e arquiteturas de transportes de vídeo. Isso sempre foi um problema. Agora, com o SRT a interoperabilidade está garantida entre dispositivos de outros fabricantes e os operadores de OTT não ficarão mais dependentes de fornecedores que venham a descontinuar a sua linha de produtos ou sair do negócio”.

O executivo comentou que a nova tecnologia foi incorporada em provas de conceito em eventos recentes realizados pela empresa e seu desempenho foi altamente satisfatório, incluindo a distribuição de sinais de canais de TV, em substituição ao uso de satélite, e que o novo recurso já está disponível para os seus clientes.

O SRT pode ser usado por canais de televisão, empresas de tecnologia e provedores de serviços para uma infinidade de aplicações práticas devido às suas características como: Vídeo de alta qualidade: oferece a melhor experiência de visualização possível em MPEG Transport Streams com codecs modernos H264 – HEVC e HD de alta resolução, 4K e 8K.

Codec Agnóstico
O protocolo explicou Marco Lopes é agnóstico de codec. Os metadados do idioma rastreiam e garantem conexões de ingestão consistentes e altamente confiáveis. Por exemplo, RTMP não pode transporte de conteúdo codificado em formato HEVC ou AV1; ele não pode lidar com faixas de vários idiomas; e ao longo dos anos, os usuários relatou uma ampla gama de problemas de confiabilidade; e ainda, tem “baixa latência já que o protocolo funciona de forma rápida e eficiente com uma média de 120 milissegundos em termos de latência e também permite que seja modificado por conexão para ficar mais estável”.

Integração facilitada

O SRT é uma biblioteca compacta e independente com processamento otimizado e baseada em memória para permitir integração facilitada com uma ampla variedade de aplicativos executados por diversas plataformas, desde sistemas incorporados a soluções em nuvem. Muitas soluções baseadas em hardware e software de câmeras IP, codificadores e decodificadores, para gateways, plataformas OTT e CDN (Content Delivery Network) passam a oferecer suporte a SRT. Como esses sistemas contam com a mesma base de código subjacente, a interoperabilidade é simplificada;

Segundo Lopez o protocolo gera segurança “ao aplicar a criptografia diretamente no centro de todos os fluxos de trabalho de roteamento de mídia em nuvem, o SRT protege o conteúdo contra brechas de segurança através da distribuição primária para o transferência final com um parceiro de distribuição confiável”.

Ainda, disse, com Firewall-Friendly Contribution (sem exigência de direitos de administrador) muitos dos protocolos de rede de vídeo existentes hoje, como RTMP (Real Time Messaging Protocol), não são capazes de estabelecer links bidirecionais seguros para fornecer de uma rede privada para outra. Como resultado, as equipes de TI (com direitos de administrador) podem ter que ser chamadas para abrir certas portas em uma empresa de rede, adicionando complexidade e atrasos ao processo. O SRT resolve este desafio por meio de seus modos caller, listener, erendez-vous, fornecendo flexibilidade em como o conteúdo pode ser compartilhado com segurança por trás de um firewall.

Por Fernando Moura, em São Paulo

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